Documento
Dados do Artista
Nome artístico
Pitchuqué
Nome Completo
Luana Taminato Roque
Mini Bio
Pitchuqué é uma artista visual graduada no Centro Universitário de Belas Artes atualmente a artista investiga a identidade seja pela perda, lembrança ou busca dela. Explorando aos processos de transformação como potencias para lidar com a vida.
É uma das artistas do programa Pantanow, organizado pela FIESP, e participou de exposições como Evento Obra 100 Limite (Ateliê Nauapi, 2024), MostraBA 24.2 (Belas Artes, 2024), Ocupação Mix (Ateliê Artemísia, 2024), entre outras, além de participar feiras e festivais de arte.
Data de nascimento do artista
junho 12, 2002
Ficha técnica
Título
Ainda não terminou! A única opção é continuar.
Medidas
450 x 250 x 300 cm
Ano
2025
Técnica
Instalação
Dados da obra
Exposição ou evento
Texto conceitual
Essa obra foi construída apartir território de investigação sobre o luto; mas revela, além disso, a força da conexão e da continuidade, e principalmente a potência da obra de arte em ressignificar conteúdos tão caros como a própria vida.
A obra ocupa cerca de 450 x 250 x 300 cm e consiste em um corpo-árvore de cerâmica com aberturas de onde emergem longas estruturas feitas de tecidos e linhas. Esses fragmentos se espalham pelo chão, paredes e teto, como raízes, veias, fungos e uma pele interior que precisa transbordar.
O corpo cerâmico cresce através da técnica de cordas, camada por camada. No entanto, seu desejo de expansão é atravessado por um limite: a matéria que antes era maleável agora está cristalizada, rígida, irreversível. Ainda assim, algo pulsa sob essa superfície. Pelas fendas, rachaduras e fissuras emergem elementos orgânicos feitos de retalhos de tecidos, fragmentos de memória e restos afetivos. São veias vivas que extrapolam o corpo e instauram um novo território.
Esse corpo, embora transformado, persiste. Se impõe. Se afirma. Se reconfigura.
Nomeada por Suely Rolnick de pele de dentro
A construção da obra foi atravessada por um gesto íntimo: o desejo de retornar ao que estava ao alcance das mãos. Enrolei tecido por tecido, um por um. Retalhos de memórias, afetos passados, promessas futuras. Um pedaço da toalha de mesa da minha infância, estampada com pequenas maçãs, me trouxe de volta às tentativas lúdicas de contá-las nos jantares. Um fragmento do laço da roupa de daminha no casamento dos meus tios me levou àquela kombi enfeitada desfilando pelas ruas. Outros retalhos, quase irreconhecíveis, carregavam presenças silenciosas.Como propõe Suely Rolnik (São Paulo, 1948) em Uma insólita viagem à subjetividade: fronteiras com a ética e a cultura (1997), existe uma “pele de dentro” que pulsa e deseja sair, estendendo-se como uma continuidade do nosso exterior. É esta pele que pulsa em mim e desperta expansão, contato e conexão com o outro; é o que desperta o desejo de renascer, e lembrar.
Esse corpo que já não cresce como antes, agora transborda. E esse gesto de criar a partir da ausência, do vazio é também o impulso que sustenta meu trabalho artístico. Criar para continuar. Criar como forma de estar viva.
Preço
Disponibilidade
Disponível
Técnica
Contexto
Anexos
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luana-taminato
